Conversa sobre Fluxonomia abre novas formas de enxergar oportunidades

Um dos pilares da Fluxonomia 4D, termo cunhado pela Lala Deheinzelin, é comunicar. E na última terça-feira, dia 16 de maio, 13 pessoas participaram por quase três horas de um papo franco, direto onde falei um pouco da minha experiência nos vários papeis que tenho desempenhado. Enfim, “comuniquei” um pouco da minha trajetória para colocar no fluxo questões que podem gerar frutos. O evento foi no Entreato, um casarão bem preservado, onde morou Ruben Berta, fundador da Varig, na Cidade Baixa, em Porto Alegre.

A Flux, como é chamada pela turma, que já sacou a necessidade de adaptação para um mundo em transição (meus colegas de formação em Fluxonomia, por exemplo), possibilita que se enxergue uma série de oportunidades que passam despercebidas quando se considera as coisas apenas pelo lado “plano” e não pelo tridimensional . Ou seja, em suas quatro dimensões (4D), a Fluxonomia evidencia a necessidade de fluir a energia (e muitas outras coisas) entre as dimensões cultural (onde tudo começa), ambiental (onde estão os recursos físicos), social (onde as relações são cultivadas) e a financeira (onde se colhe os resultados).

Em vários lugares já tinha ouvido falar que precisamos evidenciar o universo de abundância, estar atento a nossa forma de pensar. Mas só com a Flux consegui compreender o que é infinito, como o que vem da criatividade e o que é escasso, como os recursos naturais. E aí entra como podemos viver considerando outras moedas, outras trocas, que a nossa vida não precisa girar em torno do dinheiro.

Aqui estou mostrando onde despertei o interesse pela Fluxonomia 4D. Foi no livro Desejável Mundo Novo, que ganhei do Aaron Belink na Rio +20 (2012) escrito pela Lala Deheinzelin.

No papo de terça, os participantes tiraram suas dúvidas e gostaram da experiência. A relações públicas Luciana Teles saiu satisfeita. “Foi maravilhoso ouvir o relato de uma profunda modificação positiva, de autoconhecimento. E ainda mais maravilhoso, foi perceber o desejo de multiplicar essa conquista, compartilhar para a construção de uma comunidade melhor, de um mundo mais colaborativo”.

O grupo com bagagens culturais bem distintas , incluindo jornalistas, psicólogo, terapeuta, artistas, professor, relações públicas, enfermeira estava buscou um olhar comum em como melhorar o bem-estar na sociedade atual, onde tem emergido tantas notícias ruins. “Enxergo na Fluxonomia com uma forma de integrar as exatas com as humanas”, sintetiza Jane Dietz, professora de estatística das Faculdades São Judas Tadeu, em Porto Alegre. Para ela, o encontro “deve ser o início de muitos outros sobre o tema”.

Jane no centro, entre a Luciana Teles e a Anah Ferraz.

Daniel Pinheiro, engenheiro da computação achou muito produtiva a experiência. “Foi um encontro excelente, intelectualmente heterogêneo, empaticamente harmônico onde o interesse na construção de um saber conjunto nos proporcionou momentos de reflexão e engrandecimento individual”. “Encontros assim devem acontecer com mais frequência para que possamos lidar com a dificuldade de estabelecer uma relação de igualdade sem que haja a necessidade de ser igual. Assim poderemos construir um futuro desejável não só ao indivíduo mas também ao coletivo”.

Foto de todos participantes no final do encontro. Gente de várias áreas e formações.

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