Breve contexto da palestra no seminário Perspectivas da COP 2021 do Pós Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Roraima
Agradeço o convite do professor Simão Farias, que conheci na Rede de Jornalismo Ambiental. Ele tem acompanhado um pouco do que tenho feito nas minhas redes e também como articuladora da RBJA. Resolvi escrever este texto para contextualizar as referências que citei na terça, dia 21 de junho, último dia do seminário Perspectivas da COP 2021, da disciplina Estudos de Mídia e Jornalismo do Pós Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Roraima (UFRR).
Respingos da minha trajetória
Comecei no jornalismo como estagiária, em 1989. Descobri o quanto é fundamental o exercício da nossa profissão para entendimento das questões ambientais quando fui repórter do jornal Correio do Povo em 1993. Praticamente desde lá, venho cobrindo e fazendo trabalhos na área ambiental. Naquele tempo, o movimento ambientalista gaúcho contava com ativistas muito atuantes, que investiam tempo explicando a conexão entre as coisas para as pessoas. Foram fundamentais para mim figuras como o Sebastião Pinheiro, Augusto Carneiro, Magda Renner, Káthia Vasconcelos Monteiro e Francisco Milanez.
No CP tinha autonomia para propor e produzir pautas. Consegui fazer coberturas, viagens que me proporcionaram conhecer o trabalho de muita gente. Naquele tempo o jornalista era mais respeitado e o que saía no Correio repercutia muito (a Caldas Júnior era muito diferente do que é hoje, a empresa foi vendida para o grupo Record). Lembro que eu escrevia uma reportagem e no outro dia ligava para o Ministério Público indagando para o representante do Centro de Apoio Operacional o que iria ser feito diante daquele contexto.
Nesse tempo de CP, conheci o pessoal do Núcleo de Ecojornalistas do RS no curso promovido pelo NEJ e pela Fabico/Ufrgs sobre como cobrir desastres ambientais. O NEJ foi fundamental para eu decidir trabalhar com jornalismo ambiental. Aquela troca entre os colegas que tinham muita experiência foi muito rica.
Eu amava ser repórter do jornal, mas por conjunturas da vida, acabei indo para a L&PM editores. Comecei a fazer freelas ( colaborei mais de cinco anos para a revista ECOS do DMAE). Depois acabei produzindo e escrevendo publicações, como o Manual do Ciclista de Porto Alegre (que pode ser conferido aqui no site). Naquela época eu andava direto de bicicleta. Eu fui uma ciclo ativista raiz, no tempo que não havia qualquer ciclovia em Porto Alegre.
Quando tive a experiência de ter frequentado a The Internacional People’s College na Dinamarca, que foi fundada depois da 1ª Guerra Mundial para difundir a paz entre os povos, percebi que eu havia um longo trabalho pela frente para as pessoas se darem conta do quanto a preservação do meio ambiente tem vários lados. Naquele tempo, em 1996, a palavra-chave era “desenvolvimento sustentável”. Na volta ao Brasil, a capital fervilhava com campanhas pela coleta seletiva, as empresas estavam descobrindo o que era tal série ISO 14.000.
Fiz esse preâmbulo só para contextualizar, que se hoje assumo que sou uma ativista, é resultado de um longo percurso… Por muito tempo, confesso, não achava bom ter esse adjetivo colado ao meu nome. Só que com o passar dos anos, vamos nos dando por conta de tantas coisas… e hoje constato que, de fato, sou uma ativista, artivista, como queiram me chamar.
A prática de cuidados ambientais está no meu DNA. Na casa onde vivi até os 19 anos, na minha infância, cresci fazendo coleta seletiva. O resíduo orgânico ia para as galinhas, para a horta. Meu pai era filho de colonos italianos então tudo era reaproveitado, inclusive a água da chuva ia para as plantas. Sigo seu exemplo no meu apartamento, onde também coleto água da chuva, separo os resíduos em diversas categorias, tenho horta entre outras práticas mais sustentáveis.
Ativista + Artista= ARTIVISTA
Hoje me classifico como artivista, uma mistura de artista com ativista. Sou uma jornalista artivista, que também utiliza a arte para tocar as pessoas sobre como é fundamental nosso respeito à natureza. Acredito também que através da promoção da música, da arte, da economia criativa, podemos tratar de vários assuntos que o jornalismo hoje não toca mais o coração das pessoas.
Quanto mais sabemos, mais nos damos conta do quanto nossas escolhas e atitudes representam impactos.
“Não trabalhem para destruidores do clima”
E vejam só a declaração do secretário-geral da ONU, António Guterres, aos formandos da Seton Hall University, em Nova Jérsei (EUA): “Minha mensagem para vocês é simples: não trabalhem para destruidores do clima. Usem seus talentos para nos levar a um futuro renovável”, defendeu. “Vocês devem ser a geração que conseguirá lidar com a emergência planetária das mudanças climáticas”.
Guterres tem sido enfático em declarações com relação à questão climática. Tem cobrado metas mais ambiciosas dos países sob o Acordo de Paris, tem ressaltado a necessidade da crise energética atual nos conduzir para uma transição acelerada para fontes renováveis, que permitam diminuir a dependência dos combustíveis fósseis produzidos por países com regimes pouco amigáveis com a democracia e a ação climática.
Sensibilização de jornalistas
Começo com o professor Francisco Aquino, que conheci em 2019, depois de uma palestra do Pedro Reis, sobre os impactos das Mudanças Climáticas já estarem acontecendo no Brasil, no Rio Grande do Sul, durante a Semana do Meio Ambiente na qual o POA Inquieta, Todavida, NET Impact promoveram no inesquecível Simplify. Aquela programação, com atividade todas as noites, reuniu pouca gente, mas teve uma excelente qualidade.
Naquele ano reuni com o professor e o convidei para fazermos um curso sobre mudanças climáticas para jornalistas. Eu estava prestando serviços para o ClimaInfo, pois a região metropolitana corria o risco de instalar a maior mina de carvão a céu aberto do país. Então fiz o papel de articuladora, apresentei pessoas que não se conheciam, costurei parcerias e assim saiu o primeiro curso do Clima Info sobre mudanças climáticas para jornalistas.
Desde então mantenho contato com o professor Aquino, envio imagens de desastres, nuvens e ele também me nutre com informações e publicações quando possível, pois ele é muito ocupado. Uma de suas contribuições mais recentes foi o Sumário Executivo Primeiro Relatório Nacional do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas sobre evidências do aumento da temperatura
POA Inquieta – pensar glocal ( global+local)
Desde que conheci o POA Inquieta, venho aplicando o que aprendi em tantos cursos e vivências, mas principalmente na Fluxonomia 4 D, do quanto a “convergência gera potência”, no poder de realização da inteligência coletiva. Não demorou muito para eu colocar a mão na massa e criar grupos no POA Inquieta (vale lembrar que nosso ecossistema é repleto de gente desconfiada). Entrei no coletivo a convite de uma então conhecida pelo meu lado artístico, a Isabel Kristin. Tínhamos feito um curso sobre Economia Criativa juntas.
Mas antes de eu contar sobre a criação dos grupos, preciso reforçar o que significa integrar o POA Inquieta. É um coletivo de gente que eu jamais conheceria, pois reúne pessoas de bolhas completamente diferentes das que conhecia. Quem trabalha como freela, especialmente para fora da sua cidade, sabe bem o que é a solidão de trabalhar e só se comunicar via telas.
Em dezembro de 2018, fui na primeira reunião de articuladores do POA Inquieta e perguntei o que deveria fazer para criar um “spin”. Naquele momento não havia um grupo sequer que tratasse de assuntos mais sistêmicos, que abordassem meio ambiente de Porto Alegre. O grupo foi fundado por gente da área de publicidade, TI, empresários que queriam impulsionar a economia pelo viés da criatividade. Percebi que seria uma boa forma de incluir a sustentabilidade nos debates do grupo.
A primeira reunião do spin Sustentável foi dia 8 de janeiro de 2019, onde foram criados os spins Resíduos (um dos mais movimentados do POA Inquieta, com a participação de catadores, empresários, pesquisadores, ativistas, gente preocupada com a destinação e reaproveitamento); Orgânicos (a capital deve ser a que tem o maior número de feiras orgânicas do Brasil); Moda Sustentável (há muitas marcas preocupadas com a cadeia de insumos em Porto Alegre, assim como práticas menos agressivas ao ambiente; e Plantio/Clima (precisávamos agilizar o aproveitamento das mudas do viveiro municipal que estavam morrendo).
Saiba mais sobre minha atuação na sessão Mulheres Ativistas, da Maura Campanili para o Conexão Planeta.
O que está ao meu alcance para deixar o mundo um pouco melhor?
Nas últimas décadas, venho me perguntando: o que está ao meu alcance, o que posso fazer para amenizar os problemas ambientais que estamos metidos? Por isso que acredito que um dos nossos maiores desafios é saber trabalhar em grupo. Fiz uma especialização, uma pós graduação sobre Funcionamento de Grupos, da SBDG. Depois fui síndica do condomínio onde moro. Senti que eu precisava ser uma pessoa mais paciente, para conseguir engajar mais as pessoas. Pois para qualquer mudança em nossa sociedade, precisamos agir em grupo.
Exemplos de ativismo climático
A seguir, descrevo uma relação de organizações e pessoas que estão procurando fazer a sua parte nesse contexto tão complexo da crise climática.
Alexandre Costa, para além da academia
Quero saudar e parabenizar iniciativas como a do professor Alexandre Costa. Ele criou o canal no YouTube e o blog. O que você faria se soubesse o que eu sei?
A frase que dá nome ao blog foi proferida por Jim Hansen, pesquisador sênior da NASA, preso num protesto em frente à Casa Branca. Refere-se à necessidade de que os cientistas do clima comuniquem à sociedade seus conhecimentos pois estes se relacionam a questões cruciais para o futuro do gênero humano e da vida no planeta.
O outro Nobre, irmão do Carlos
Outro cientista que utiliza suas redes para traduzir mecanismos da natureza é Antonio Donato Nobre em suas redes sociais, em especial o Facebook. Autor do relatório O Futuro Climático da Amazônia sobre a importância da floresta e seu papel no contexto das mudanças climáticas, lançado em 2014, ele reside atualmente no interior de São Paulo e é pesquisador sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Sugiro a leitura dessa matéria da Deutsch Welle – Clima global faz cientistas trocarem carreira pelo ativismo pois assim como nós, jornalistas, os cientistas sentem e ficam sabendo das coisas antes delas acontecerem…
Famílias engajadas pelo clima
Outro exemplo de ativismo é o Famílias pelo Clima. Fazem parte do Parents for Future, um movimento global de adultos que, inspirados pelo Fridays for Future, decidiram se unir para agir junto com os movimentos climáticos do Brasil. O grupo começou a se formar em maio de 2019 e é composto por pais, mães, tios, tias e outros familiares que trabalham de forma voluntária de propositiva pela causa climática. E sintam só o quanto eles tem noção: são a primeira geração a ter consciência dos riscos ambientais que corremos e a última capaz de fazer algo para evitá-los. Para integrar esse movimento não é necessário ter filhos, por isso nos identificamos como “Famílias pelo Clima”.
Mais do que sextas pelo futuro
O Fridays For Future começou em agosto de 2018, após Greta Thunberg, de 15 anos, e outros jovens ativistas se sentaram em frente ao parlamento sueco todos os dias de escola durante três semanas, com o intuito de protestar contra a falta de ação no combate à crise climática. Ela postou o que estava fazendo no Instagram e no Twitter e logo os acontecimentos viralizaram!
Juventude arregaça as mangas em defesa do clima
A iniciativa Jovens pelo clima começou no dia 22 de Abril de 2019, quando, motivados pela crescente onda global de manifestações jovens pelo meio ambiente e pelo clima – iniciados pela Greta Thunberg – seis jovens da capital brasileira se juntaram para tentar mobilizar um ato em frente ao Congresso Nacional. Assim nasceu a primeira manifestação do que viria a ser o Jovens Pelo Clima do Distrito Federal, mesmo que na época não tivéssemos ideia disso.
Iniciativa visa mobilizar comunidade escolar
Criado para que estudantes sejam capazes de agir na busca de soluções para a emergência climática, o movimento Escolas pelo Clima é uma comunidade de escolas comprometidas com sua função formativa nesta busca. A ideia é conectar educadores, disponibilizar curadoria de conteúdo de educação climática e dar visibilidade às escolas comprometidas com a temática. Para fazer parte dessa rede de transformação, a escola deve tornar-se signatária do movimento, gratuitamente.
Organização promove treino para engajamento
Climate Reality Leadership Corps promove um treinamento virtual Brasil a cada ano. É uma experiência em Português, on-line, gratuita e com fornecimento de certificado internacional. Esse treinamento dá a oportunidade de aprender e discutir sobre os impactos da mudança climática no cotidiano, caminhos para soluções e como incluir esse assunto no seu repertório. A iniciativa é do Prêmio Nobel da Paz, Al Gore. Conta com uma série de brasileiros renomados, cientistas e vozes de comunidades tradicionais, indígenas e movimentos sociais. Neste ano, o curso será de 18 de agosto a 2 de setembro. Clique aqui para fazer sua inscrição.
Clima e gênero, uma intima relação
Criado por duas jornalistas, o Projeto Mulheres Unidas Pelo Clima BRASIL busca unir e empoderar mulheres, através da comunicação e educação ambiental, por igualdade de direitos e justiça climática. As mulheres, as crianças e os idosos pobres estão entre os grupos mais afetados pela crise climática. Vale também conhecer o GT de Gênero e Clima do Observatório do Clima (OC).
Por um consumo mais consciente
O Modefica é uma organização de mídia, pesquisa e educação sem fins lucrativos que atua por justiça socioambiental e climática por meio de uma perspectiva ecofeminista. Procuram fazer do jornalismo, da pesquisa e da educação ferramentas de transformação, colaborando com as causas sociais e ajudando a construir uma narrativa de responsabilização de autoridades públicas e privadas.
Fé no Clima quer engajar religiões
A iniciativa Fé no Clima tem como missão reunir e engajar lideranças religiosas para conscientização de suas comunidades de fé no enfrentamento à crise climática. Promovem diálogo entre cientistas, religiosos, ambientalistas e representantes de povos originários, com objetivos de adaptação, resiliência e justiça climática. Formado por um grupo de lideranças de diferentes crenças, o Fé no Clima é uma iniciativa do ISER – Instituto de Estudos da Religião e foi criado em 2015 no contexto de dois importantes eventos daquele ano: a promulgação da encíclica “Laudato Sí”, do Papa Francisco, e a Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas para as mudanças climáticas – a COP 21, ocorrida em Paris.
Pastoral promove encíclica do Papa Francisco
Criada pelo bispo de Campos, Rio de Janeiro, Dom Roberto Francisco Ferreria Paz, a Pastoral da Ecologia Integral dissemina os princípios da Encíclica “Laudato Si ” do Papa Francisco. Tem a finalidade e o objetivo de evangelizar e acompanhar pessoas e comunidades envolvidas e comprometidas com o Cuidado da Casa Comum, desenvolvendo processos de sensibilização, compreensão, formação e transformação na visão de Ecologia Integral da Encíclica “Laudato Si”. Para o bispo, a Igreja deve se empenhar em fazer ressoar o grito da criação e como São Francisco, propor uma nova forma de relacionamento com nossa “irmã” Terra, levando a uma verdadeira conversão ecológica.
Moral das religiões como mote
A Interfaith Rainforest Initiative pretende unir o compromisso, a influência e a autoridade moral das religiões aos esforços para proteger as florestas tropicais do mundo e os povos indígenas que servem como seus guardiões. Fornecem uma plataforma para que líderes religiosos trabalhem lado a lado com povos indígenas, governos, organizações da sociedade civil e empresas em ações que protejam as florestas tropicais e protejam os povos indígenas que servem como seus guardiões.
A iniciativa foi lançada em junho de 2017 no Centro Nobel da Paz em Oslo, Noruega, em uma cúpula inédita de líderes religiosos cristãos, muçulmanos, judeus, budistas, hindus e taoístas, cientistas climáticos, especialistas em florestas tropicais e povos indígenas.
Movimento cristão promove campanhas
O Renovar Nosso Mundo é um movimento global de cristãos que acreditam que, por verdadeiramente sermos portadores da imagem de Deus, deveríamos agir como tal: vivenciando o amor uns pelos outros em ações e em verdade. Estão fazendo campanhas e orando por ações relacionadas à mudança climática e a resíduos.
Preparo para a emergência climática
O Instituto Talanoa quer ativar a sociedade brasileira para responder à emergência climática e aos seus impactos socioambientais, com ideias e tecnologias da atualidade. A visão da organização é de que os brasileiros precisam se preparar para um mundo mais quente e de clima mais incerto, o quanto antes. Trabalham com análises técnicas e econômicas, monitoramento e análise de políticas públicas e desenvolvimento de cenários e diálogos.
Um dos projetos da Talanoa é a Iniciativa Clima e Desenvolvimento é formada por pessoas e instituições que têm em comum a convicção de que a agenda de desenvolvimento para o Brasil deve ser compatível com o objetivo do Acordo de Paris. A década de 2020-2030 é estratégica para a consolidação de visão e das principais rotas de descarbonização e adaptação dos países signatários.
Monitoramento de atos e leis que impactam em políticas
O Política por inteiro nasceu em 2019 com foco inicial em mudanças climáticas. Tem um monitor de desastres. A plataforma acompanha em tempo real os sinais políticos (policy signals) de mudanças relevantes anunciadas (riscos) ou realizadas (atos) pelo Executivo Federal, e seus efeitos. Tem a intenção de transmitir tendências e construir cenários, para que se tornem um bem público.
Os fatos são analisados tecnicamente para que os riscos sejam materializados e geridos. O governo produz milhares de documentos e atualizações diariamente. A maioria dos estudiosos concorda que qualquer mudança na comunicação – seja o que é dito ou o que não é dito – pelas autoridades deve ser imediatamente percebida e amplamente interpretada como “sinal de política”.
De olho nas eleições
A Clima de Eleição é uma organização brasileira de advocacy com a missão de transformar a política institucional, transversalizando e internalizando a agenda climática em todos os níveis de governo.
Acreditam no poder de agir local em escala nacional. Quer transformar a política institucional brasileira para assim trilhar um novo caminho de desenvolvimento que não deixe ninguém para trás.
Organização gerencia financiamentos
O Instituto Clima e Sociedade (iCS) é uma organização filantrópica que apoia projetos e instituições que visam o fortalecimento da economia brasileira e do posicionamento geopolítico do país, além da redução da desigualdade por meio do enfrentamento das mudanças climáticas e soluções sustentáveis.
O Instituto abraçou a sua missão com trabalho prático e estratégico, trazendo para o Brasil recursos de grandes doadores internacionais – e angariando fundos entre doadores brasileiros – para apoiar diversos agentes locais que lutam pelo Brasil para evitar os impactos negativos do aquecimento global. Muito mais do que um intermediador de financiamentos, o iCS promove o diálogo entre setores, agrega conhecimento e estabelece redes de informação, de inteligência e de cooperação, visando alcançar o bem estar da população.
A serviço da disseminação das notícias do clima
O ClimaInfo faz várias ações voltadas à jornalistas e formadores de opinião para a disseminação de informações sobre os vários lados do clima. Eles produzem uma newsletter diária gratuita de segunda a sexta e fazem um baita trabalho de assessoria de imprensa, conseguindo fontes para falar sobre diversos assuntos.
O ClimaInfo surgiu para evitar especulações e fake news sobre mudanças climáticas para contribuir com um debate baseado em fatos e dados reais, sobre ações e políticas para a mitigação e a adaptação às consequentes mudanças climáticas globais.
ONGs se unem em defesa do clima
O Observatório do Clima é uma coalizão de 73 organizações da sociedade civil brasileira. A ideia surgiu em 2001 em Salinópolis, no litoral do Pará, no intervalo de um jantar da reunião da Usaid (agência de cooperação do governo americano) e quatro ambientalistas que participavam do encontro aproveitaram o momento para planejar o que poderia ser o Observatório.
Saiba mais
Outras organizações que têm redução de carbono e combate ao aquecimento global no escopo de trabalho, mas que já existiam anos antes das mobilizações das Conferências sobre Mudanças Climáticas:
Associação Plant for the Planet Brasil
IDESAM – Instituto de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia
Organizações que atuam no combate a combustíveis fósseis
Instituto de Energia e Meio Ambiente
Conhece mais exemplos que podem ser adicionados? Envie para mim!
Parabéns pela matéria, Silvia! A tua caminhada é muito inspiradora. És uma verdadeira artivista. Teu texto traz informações muito valiosas. Vemos que temos muitos bons movimentos. É importante potencializar as boas ações. Tu fazes isto muito bem!
Parabéns, Sílvia pela caminhada e por tanto ímpeto e dedicação em melhorar o seu mundo interior juntos exterior, crescendo e se unindo para gerar melhores resultados e integrando todo o teu potencial de ciência, arte e sabedoria! Conte comigo para essa missão!!