Elas são as cuidadoras das famílias, muitas vezes não tem poder decisão sobre a sua situação.
Em muitos casos, as mulheres não sabem nadar durante uma enchente, sofrem pela desigualdade social, tem pouca ou nenhuma voz em processos de decisão. Esses são alguns dos motivos que fazem com que precisemos debater e compreender questões envolvendo desigualdade de gênero e clima.
Na live do dia 23 de setembro, Nara Perobelli, facilitadora do GT de Gênero e Clima – e Gisele Elis, coordenadora do Projeto Mulheres Unidas Pelo Clima (MUC) falaram sobre as iniciativas que estão a frente para diminuir a desigualdade de gênero e sua relação envolvendo questões climáticas.
O Grupo de Trabalho em Gênero e Clima – atua de maneira participativa com cerca de 140 pessoas de dentro e fora do OC, pertencentes a diferentes grupos sociais e étnicos.
O GT atualmente está desenvolvendo o curso de formação “Defensoras por Defensoras”. O GT é um espaço permanente, inclusivo e ativo de encontros, formações, produção de conhecimento e iniciativas de impacto que contribuem para a equidade de gênero e justiça climática.
Outro GT citado por Nara foi o de Clima e Oceanos. O Observatório desenvolve várias iniciativas, inclusive apontando alternativas para o enfrentamento à crise climática. Uma delas é o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), que inclusive produziu um guia com soluções para municípios.
Este infográfico pode ser melhor visualizado clicando aqui.
A jornalista Gisele Elis fundou com a gestora ambiental Cristiane Bossoni o MUC. O projeto atua na Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca (APBF) no Sul de Santa Catarina. O foco do movimento é conectar, sensibilizar e mobilizar mulheres com relação à emergência climática.
O projeto de comunicação e educação ambiental tem entre os objetivos a disseminação de conhecimento, informações e difundir o desenvolvimento e a capacitação de mulheres como forma de empoderamento para assumirem espaços de decisão e elaboração de novas políticas públicas votadas à gênero e clima.
Neste sábado, dia 25, começa a primeira ação presencial de educação ambiental do Projeto Mulheres da Lagoa de Ibiraquera, em parceria com o Conselho Comunitário local. O projeto terá duração de dez meses e foi um dos selecionados em chamada de projetos com apoio do Fundo Casa Socioambiental, através de uma aliança global que está incentivando ações de lideranças femininas no combate às mudanças climáticas (o GAGGA – Global Aliance for Gender and Green Action).
As duas foram categóricas em afirmar o quanto é importante envolver todos os tipos de mulheres brasileiras de Norte a Sul do Brasil, um país continental, cuja principal característica é sua ampla diversidade, não só de ambientes, mas de culturas e etnias.
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