Práticas para organizações evolutivas são mostradas em workshop

Cada vez mais pessoas se dão por conta de que não basta trabalhar só pra ganhar dinheiro. É preciso algo mais. As novas gerações não se contentam só em serem bem remuneradas. Viver de acordo com o propósito é o mantra do momento. No workshop sobre os princípios do livro Reinventando as Organizações — Um Guia para Criar Organizações Inspiradas no Próximo Estágio da Consciência Humana, realizado pelo Henrique Katahira, da cuidadoria foi possível compreender porque isso está acontecendo.

O esquema acima mostra os níveis de consciência segundo Richard Barrett que pode ser entendida como uma pirâmide de Maslow estendida com o nível de autorrealização desdobrada em três outros níveis. Nesse esquema, o paradigma industrial corresponde ao nível 3. O nível 4 iniciou-se com os movimentos igualitários da década de 60 e estamos caminhando para o nível 5 de consciência que corresponde ao Evolutivo-Teal de Laloux.

Henrique (foto) resume o que o autor Frederic Laloux escreveu no livro: “toda vez que a humanidade passa por um grande salto tecnológico, a complexidade aumenta, provocando um avanço no nível de consciência e o ser humano inventa uma nova forma de se organizar. Isso já aconteceu duas vezes na história da humanidade. O primeiro grande salto foi com a revolução agrícola quando os seres humanos deixaram de se organizar em tribos de caçadores e coletores para formar feudos e monarquias com estruturas de castas bem definidas. O segundo salto tecnológico foi com os avanços técnicos e científicos da Revolução Industrial quando passamos a nos organizar em corporações multinacionais. O terceiro grande salto está acontecendo nesse exato momento com o avanço das tecnologias de internet e inteligência artificial. É nesse contexto que surgem as Organizações Evolutivas –“Teal” com suas práticas de gestão inovadoras e compatíveis com o nível de consciência das pessoas do século XXI”.

Confira que a pirâmide Maslow não incorporava as questões levantadas por Richard Barrett.

A experiência do workshop foi baseada na obra aplicada à gestão de projetos

Na primeira parte do workshop, o facilitador da cuidadoria (é com minúscula mesmo) trouxe ferramentas para fazer emergir práticas de Organizações Evolutivas-Teal a partir da inteligência do coletivo. Em seguida, os participantes cocriaram formas de implementar essas práticas nos projetos e organizações no qual estão inseridos. Depois, os participantes trabalharam na cocriação de um projeto real a partir do Círculo dos Sonhos (utilizado pelo Dragon Dreaming) e, a partir de perguntas assertivas, desenvolveram os passos necessários para chegar no propósito do projeto, acordos e combinados e um plano com os próximos passos.

O encontro reuniu pessoas de diversas áreas de atuação, o que possibilitou uma rica troca de saberes. Para a coach e facilitadora Cláudia Pires, a vivência provou que é melhor para uma organização envolver todos no processo. “No workshop percebi que há toda uma estrutura, uma ciência que me dá base e muito mais confiança para ir pra prática com outro olhar. Recomendo muitíssimo”, concluiu Cláudia. Ela disse que levou mais conteúdo para atuar e compor produtos para servir melhor.

A administradora de empresas Marjorie Jonsson iniciou um canal no Youtube chamado Evolucionários e estava procurando um grupo que se encaixasse na sua proposta. “Foi nesse workshop em Porto Alegre que encontrei a oportunidade de viver o processo evolucionário que tanto busquei. Foi muito transformador pela criação de rede, ampliação da visão e possibilidade de trocar experiências tão ricas”.

Pra mim, foi um privilégio ter participado da atividade, e perceber o campo fértil que está se abrindo para novas formas das coisas acontecerem. A Schana Breyer, do Hub 580Hz, irá para Santa Maria para dar um workshop parecido com esse no mês de setembro. Ela está envolvida em projetos onde estão sendo aplicadas metodologias que evidenciam a necessidade de se praticar a colaboração para o alcance de resultados mais verdadeiros e rápidos. No RS, Schana está à frente da Fluxonomia 4D em um projeto no Sesc RS.

Foto com todos integrantes da oficina. Estou ao lado da Cláudia que está na ponta.

Se quiser saber mais sobre a vinda do Henrique Katahira em Porto Alegre, confira o lançamento do livro aqui.

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